segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Matéria da página da OAB Campos
17/08/2012
Imprensa
 
Justiça do Rio autoriza desapropriação da Fazenda Cambahyba para reforma agrária

 

A Fazenda Cambahyba, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, pode ser destinada à reforma agrária. O juiz Dario Ribeiro Machado Junior, da 2ª Vara Federal em Campos, deu, no último dia 7 de agosto, decisão favorável à continuação do processo de desapropriação da área, solicitado pela representação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado.
O juiz negou pedido contrário apresentado pelos donos da terras. Ainda cabe recurso da decisão. O processo de desapropriação da fazenda começou em 1995, quando a superintendência do Incra no estado fez o pedido. Três anos depois, os proprietários conseguiu reverter a decisão. Desde então, a disputa está nos tribunais.

Em 2000, a fazenda foi ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), obrigados a deixar o local meses depois. Há dez anos, a Usina Cambahyba arrendou a propriedade à Usina Santa Cruz, produtora de cana-de-açúcar. O presidente da Cambahyba, Jorge Lisandro Gomes, disse desconhecer a decisão judicial do dia 7 de agosto. Segundo ele, a empresa vai recorrer em segunda instância. “As terras estão dentro da produtividade exigida por lei e este ano todas as lavouras serão reformadas”, disse. As terras pertencem à família de Heli Ribeiro Gomes, já falecido, que foi vice-governador do Rio de 1967 a 1971.

Em livro lançado este ano, o ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra acusa o político de ter permitido o uso do forno da fazenda para a incineração de corpos de, ao menos, dez opositores à ditadura militar, mortos sob tortura. Em declarações à imprensa, a família de Heli Gomes nega a acusação. Procurada pela Agência Brasil, a família preferiu não comentar o assunto.

A direção estadual do Incra informou não ter sido notificada pela Justiça, mas tem conhecimento da decisão. A partir do cumprimento da decisão, o órgão estima prazo médio de 6 meses para vistoriar a área, desapropriá-la e para o pagamento do ressarcimento do governo aos proprietários. "Dada a importância que tem e com as notícias recentemente veiculadas para a sociedade brasileira, seria de extrema importância, inclusive como reparação histórica, que a área fosse destinada à reforma agrária. A gente até aposta neste simbolismo para que o processo tenha seu tempo encurtado”, disse o superintendente do Incra no estado, Gustavo Noronha.

Com 3,5 mil hectares, a fazenda tem capacidade de assentar 2,3 mil famílias. Na região de Campos, existem três acampamentos do MST com cerca de 400 famílias, além do assentamento Oziel Alves, próximo à Fazenda Cambahyba, que produz alimentos vendidos no norte fluminense.

Na tarde de ontem (16), o MST e outros movimentos sociais protestaram pedindo agilidade no processo de desapropriação da fazenda e pressionando por investigações da morte e desaparecimento de militantes na ditadura militar. As manifestações ocorreram na Praça São Salvador, região central da cidade, e na propriedade. "[O protesto é] para mostrar que temos pessoas na sociedade que contribuíram para a ditadura. O fato de ter cedido a propriedade para que isso fosse feito não se resume só a uma questão particular. Outros setores da sociedade também contribuíram para isso”, disse Dieymes Pechincha, membro do Coletivo Memória Verdade e Justiça, que congrega cerca de 20 organizações que reivindicam investigações sobre a repressão na ditadura militar. 



Fonte: Blog Antenada

sábado, 5 de maio de 2012

Mulheres organizam Encontro Continental em São Bernardo

Nos dias 18, 19 e 20 de maio será realizada, na cidade paulista de São Bernardo, a 1ª Conferência de Mulheres das Américas. O Encontro Continental foi marcado durante a Conferência Mundial de Mulheres de Base que se realizou em março de 2011 na Venezuela e teve a participação de mais de 30 países, com 21 mulheres brasileiras. A responsabilidade de organização dessa Conferência no Brasil é do Movimento de Mulheres Olga Benário.

São Bernardo foi a cidade escolhida para o evento pela tradição de luta de seus trabalhadores e por apresentar as condições necessárias para acolhê-lo. Até o momento, cerca de oito países já confirmaram a presença.

O Encontro ocorre num momento de ressurgimento da luta dos trabalhadores e trabalhadoras contra mais uma crise do capitalismo. Somos nós, mulheres, que mais sentimos na pele a pobreza, o desemprego, o trabalho com baixos salários.

Somos duplamente exploradas e oprimidas pelo capitalismo, e também somos parte da classe trabalhadora, oprimidas por nossa condição de gênero.

Para combater essa situação, em particular na América Latina, as mulheres se organizam para lutar pelo respeito aos seus direitos, por uma vida digna e com saúde, educação e bem-estar, visto que a imensa riqueza criada com o trabalho e os esforços de milhões de seres humanos, hoje serve apenas para satisfazer a insaciável sede de lucro dos ricos capitalistas.

Cresce, assim, a consciência da necessidade de um intercâmbio mundial de experiências, de cooperação e promoção de ações de solidariedade.

Estamos decididas a nos unir e a lutar por nossos direitos e por uma sociedade sem exploração, sem opressão e sem discriminação, por isso realizaremos esse Encontro Continental.

Junte-se a nós!

Movimento de Mulheres Olga Benário
conferenciademulheresdasamericas2012.blogspot.com
 
texto extraído do blog da conferencia

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem são os verdadeiros baderneiros?


Durante a Sessão Ordinária do dia 08 de junho de 2011, o Vereador Fabrício Gandini (PPS) fala sobre a manifestação dos estudantes em Vitória e questiona:

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Despedida do Yuri !!

Ontem foi a despedida do nosso amigo Yuri. 
Ele em 2011 foi eleito 1° vice da UNE ( União Nacional dos Estudantes), e por esse motivo ele está indo morar em São Paulo.
Um grande amigo, vou sentir muita saudade dele!!